quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Tratado dos Cerrados

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Aprovado pelas entidades civis participantes do Fórum Global 92, Rio de Janeiro - RJ, em junho de 1992.
PREÂMBULO
1. O domínio dos Cerrados, que corresponde a 25% do território do Brasil, situa-se principalmente nos planaltos centrais do país, abrangendo, total ou parcialmente, os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Piauí, São Paulo e Roraima, além de certas áreas do Nordeste. Enquadra-se na categoria internacional de savanas e, fisionomicamente, possui grande semelhança com as formações desse tipo encontradas em outras regiões do mundo.
2. Os chapadões centrais ocupados pelo cerrado constituem a cumeeira do Brasil e da América do Sul, pois distribuem significativa quantidade da água que alimenta as bacias hidrográficas do continente. Dessa forma, exercem um papel fundamental para a manutenção e equilíbrio dos demais biomas, de tal sorte que o seu comprometimento poderá redundar em profundas alterações para os ecossistemas da Amazônia, do Pantanal, da Mata Atlântica, da Caatinga e da mata de Araucária. Algumas conseqüências disso já podem ser observadas, mas, provavelmente, ainda surgirão outras, que hoje desconhecemos totalmente.
3. Além desse aspecto, há ainda a considerar a enorme biodiversidade dos cerrados que em relação a alguns grupos taxonômicos, é até maior que o da Amazônia.
4. O cerrado serviu como local de assentamento de povos primitivos, contando-se registros de 15.000 anos ou mais, e depois sofreu um processo de colonização que conseguiu, em muitos casos, estabelecer relações de produção relativamente adaptadas às condições ambientais. No entanto, especialmente a partir da década de 1960, passou a sofrer um processo de ocupação intensa, privilegiando os sistemas de grandes propriedades, para a produção pecuária e, mais recentemente, para a produção de culturas de exportação e reflorestamento monocultural.

DIAGNÓSTICO
1. A forma atual de ocupação dos cerrados, realizada sem qualquer consulta ou participação da sociedade no processo, é uma face do modelo de desenvolvimento adotado no Brasil nas últimas décadas. Assenta-se no financiamento subsidiado e incentivos fiscais, na concentração fundiária, na utilização de pacotes tecnológicos, na implantação de infra-estrutura subsidiando o capital e na expulsão das populações rurais pela desestruturação de suas formas de produção.
2. O ecossistema do cerrado, visto como adequado para a expansão das atividades de exploração agropecuária e florestal vem sendo agredido e já destruído em cerca de 75% de sua extensão, principalmente através de:
• Desmatamento indiscriminado de sua vegetação e implantação de maciços homogêneos de eucalipto para a produção de carvão, a afim de abastecer as indústrias siderúrgicas que produzem ferro guza, exportado principalmente para o Japão, e de celuloses;
• Implantação de grandes extensões de pastagens homogêneas e monoculturas de exportação consumidoras de todo pacote tecnológico industrial: corretivos de solo, fertilizantes químicos, herbicidas, pesticidas e maquinaria pesada;
• Instalação de grandes projetos de irrigação com uso intenso e indiscriminado dos recursos hídricos e de energia;
• Instalação de grandes barragens ao longo dos principais cursos d’água, para fins de geração de energia elétrica.
3. Todas essas ações vêm provocando uma série de impactos ambientais e sociais, destacando-se entre eles:
• A redução drástica da enorme a ainda desconhecida biodiversidade existente nos cerrados;
• A degradação dos solos devido principalmente ao uso de maquinaria pesada e produtos químicos que deflagram e aceleram um processo de erosão e esterilização;
• A poluição e contaminação não só dos solos, mas também da água e, consequentemente de todos os animais (inclusive o homem) que dela se servem;
• Assoreamento e diminuição dos recursos hídricos superficiais e subterrâneo em função de todas as formas de desmatamento d cerrado, que devido à sua característica de baixo consumo de água e capacidade de infiltração de seus solos, funciona como uma “esponja” captadora e armazenadora de água. Em conseqüência é diminuída também a sua grande capacidade de dispersor de águas;
• Intensificação do processo de concentração fundiária com expulsão, migração e empobrecimento dos pequenos agricultores e trabalhadores rurais, gerando novos e insolúveis problemas nos médios e grandes centros urbanos;
• Desagregação das comunidades locais em seus valores culturais, usos, costumes e simbologia.

PLANO DE AÇÃO
Diante de todo este quadro nos propomos a:
1. Desenvolver gestões para a participação das populações locais no planejamento e no estabelecimento da polícia de desenvolvimento.
2. Criar uma rede de ação permanente das ONGs e movimentos sociais das áreas dos cerrados visando uma ação conjunta para a sua defesa e troca de informações.
3. Lutar pela integração das sociedades de todos os países onde ocorrem ecossistemas de cerrados e savanas, para que se amplie o conhecimento e se adotem ações de planejamento, de preservação de desenvolvimento sustentado e de educação ambiental.
4. Trabalhar na mudança da visão cultural institucionalizada de que os cerrados não oferecem recursos para a sobrevivência da humanidade.
5. Propugnar pela realização de estudos para identificar as áreas nativas remanescentes dos cerrados com o objetivo de criar novas unidades de conservação de uso restritivos e de reservas extrativistas e de manejo sustentado.
6. Incentivar ações que visem a implantação paulatina do desenvolvimento sustentável nas áreas dos cerrados, priorizando a pequena e média produções.
7. Lutar pela demarcação e defesa da terra dos grupos indígenas, como base indispensável à existência, reconhecimento, defesa, promoção e bem estar de suas sociedades e de suas culturas.
8. Lutar pela implantação de uma redistribuição de terra e uma política agrícola voltada para o pequeno produtor rural.
9. Criar mecanismos de aproximação permanente com parlamento brasileiro.
10. Pressionar para o bioma dos cerrados seja reconhecido na constituição brasileira como patrimônio nacional, no mesmo status da Amazônia, do Pantanal, da Mata Atlântica e da Zona costeira.
11. Lutar pelo estabelecimento e incremento de programas de reflorestamento com espécies nativas em áreas degradadas e de importância para preservação e recuperação dos recursos hídricos.
12. Pressionar para reorientação dos financiamentos internacionais que vem viabilizando e incentivando a implantação de projetos de ocupação predatória e elitista nos cerrados.

Mais informações: http://www.redecerrado.org.br/index.php/quem-somos/tratado-dos-cerrados

Pnad mostra estagnação da desigualdade no país desde 2011



Mais informações: http://www.tratabrasil.org.br/pnad-mostra-estagnacao-da-desigualdade-no-pais-desde-2011

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Mundo está à beira de uma extinção em massa, diz estudo


    . Espécies de Plantas e animais São extintas mil Vezes Mais Rápido Que Fazer Antes acontecia de Seres Humanos OS existirem E o Problema Localidade: Não Acaba POR aí. Cientistas SEGUNDO, O Mundo à beira de ESTA SUA sexta Extinção los Massa.
    Um Artigo sobre a Pesquisa FOI publicado na revista Ciência . O Estudo analisou Como taxas de Extinção Passadas e presentes. Entao, descobriu hum Opaco Mais era baixa taxa Localidade: Não Fazer Passado Que o imaginado. O ritmo de Extinção era de UMA especie hum CADA 10 Milhões Localidade: Não PERÍODO de hum Ano. Hoje, São de 100 extinções hum CADA 1000 Ano Espécies POR. 
    "ESTAMOS à beira da sexta Extinção", Disse o Biólogo da Universidade de Duke, Stuart Pimm, um dos Líderes Fazer Estudo. "Se NÓS Vamos conseguir evitar o Fenômeno UO Localidade: Não Vai Depender de nossas Ações".
Segundo pesquisadores de Sistema Operacional, Uma combinação de Vários Fatores FAZEM Como Espécies desaparecerem Muito Mais Rápido Que Localidade: Não antes. Um diretor E hum Perda de habitat. Como Espécies Localidade:. Localidade: Não encontram Lugar Onde Viver POR Causa das alterações feitas Pelos Humanos nenhum Ambiente Meio Para nós Ligação A Ha tambem Fatores, Como Como Mudanças Climáticas, Que interferem nn CRP Onde Espécies Como PODEM sobreviver .
O sagui E hum bom Exemplo. Seu habitat diminuiu POR Causa do Desenvolvimento do Brasil. Agora, Elemento ESTA na Lista das Espécies vulneráveis ​​internacional. O Tubarão Branco também costumava servi hum dos Predadores Mais Abundantes na Terra. Mas UMA especie FOI Tão Caçada Que ágora raramente E encontrada.
Ate ágora, a grande maioria da Vida do Mundo acabou cinco Vezes NAS chamadas extinções los massa, muitas Vezes Associadas com Ataques de Meteoritos Gigantes. Cerca de 66 Milhões de Anos Atrás, hum dessas extinções Matou OS Dinossauros e Três Espécies los CADA Quatro na Terra. Cerca de 252 Milhões Anos Atrás, hum Evento apagou CERCA de 90% Das Espécies do Mundo.
Mas OS Cientistas envolvidos no Estudo acreditam Que HÁ Esperança. O USO de SMARTPHONES e aplicativos PODE ajudar PESSOAS Comuns e Biólogos Em Busca de Espécies los Perigo. Uma Vez Que OS Cientistas SABEM ONDE Espécies ameaçadas de Extinção estao PODEM SALVAR habitats tentar e USAR UM Reprodução los Cativeiro e OUTRAS Técnicas de parágrafo Salvá-las.  

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Curió - Sporophila angolensis


    Curió (Sporophila angolensis) é uma ave passeriforme da Família Thraupidae, seu nome, na linguagem indígena,significa "amigo do Homem". Pertence ao grupo dos Oryzoborus angolensis, conhecidos como curiós ou avinhados, em algumas regiões do Brasil.
   
Curió macho adulto
   

Curió fêmea  adulta
     Eles se alimentam na maioria de várias sementes, em especial o capim navalha e de poucos insetos. Vive solitário ou aos pares, normalmente separados de outras aves. É comum em capoeiras arbustivas, clareiras com gramíneas, arbustos nas bordas de florestas e pântanos. 


      Põe em media de 2 a 4 ovos e a eclosão ocorre cerca de 13 a 15 dias após a postura. Os filhotes atingem a maturidade após um ano de idade. O período de acasalamento inicia-se no final do inverno e dura até o término do verão. Vive em media de 8 a 10 anos na vida selvagem e em cativeiro vive aproximadamente uns 25 anos.

    Trata-se de uma ave típica da América do Sul, também muito encontra no bioma cerrado. A espécie, com aparência frágil e pouco mais de 10 centímetros de comprimento, possui um belo canto. No período da primavera, dá-se o auge da temporada lírica dos pássaros. É a época do acasalamento, quando dispara o nível de testosterona (o hormônio sexual) nos machos. Eles soltam o gogó para seduzir as fêmeas e demarcar território perante os rivais.

Realização de torneio de curiós com a presença até de juízes.
    Por causa do seu canto o curió é um dos pássaros mais apreciados pelo homem. O mercado em torno dos curiós incluindo desde gaiolas, remédios, rações e outros investimentos para o aperfeiçoamento do seu canto para competições que acontece em todo o Brasil movimenta milhões de reais todos os anos.
     Pode-se dizer que esse pássaro já não pode ser visto com facilidade vivendo livre na natureza. Atualmente o curió, assim como muitos outros pássaros brasileiros, encontra-se ameaçados de extinção, em decorrência da caça e comercialização dos criadores ilegais e da destruição de seus ambientes naturais.


Ouça o canto do Curió e observa a diferença dos cantos: 

    O 1° vídeo mostra o canto original de um curió que vive livre na natureza. Praticamente esse tipo de canto já deve esta quase em extinção.



    O 2° vídeo é do de curió que foi criado e treinado para torneios. Conhecido popularmente como canto praia clássico.











sábado, 14 de junho de 2014

Pássaro-preto (Gnorimopsar chopi)

    O Pássaro-preto é uma espécie de ave da família Icteridae. É a única espécie do género. Pode ser encontrada nos seguintes países: Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.
Pássaro-preto (Gnorimopsar chopi)
    Os seus habitats naturais são: Cerrado, pastagens e florestas secundárias altamente degradadas. Põe em média 4 ovos em buracos de árvores e  e a sua incubação é de 14 dias. Não há dimorfismo sexual ou etário, pois machos e fêmeas cantam, e os jovens são como os adultos.

    Se alimentam principalmente de sementes, grãos de frutos, incluindo principalmente cocos do buriti.  no ninho, os ovos são predados por cobras como a caninana (Spilotes pullatus) e a jararaca-do-brejo (Mastigodryas bifossatus). Habitam  áreas abertas, onde haja árvores esparsas. E fora da época de reprodução formam grupos para juntos alimentarem os filhotes juntos com outros pássaros.

  

OBS: Vocalização do Pássaro preto.





    O pássaro-preto não esta ameaçado de extinção, mas é alvo de traficantes de aves que apreciam o seu canto. 





sexta-feira, 13 de junho de 2014

Fauna e Flora - Documentário (Tvbioma)

    Esse vídeo foi produzido em 1997, pela Bioma Brasil em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Fundo Nacional do Meio Ambiente. Ele fala sobre dois temas de extrema importância para o nosso cotidiano: a fauna e a flora.



Uns dos melhores documentários que já vi.

Tucano-toco (Ramphastos toco)

    Tucano-toco, também conhecido por tucanuçu ou tucano-grande, é uma especie de tucano sendo o maior representante da família Ramphastidae. Existem 41 espécies de tucanos.


Tucano-toco (Ramphastos toco)
    Esta ave possui um enorme bico alaranjado com uma mancha negra na ponta. Sua plumagem é negra, destacando-se o papo e uropígio brancos, Destaca-se também a área de pele nua de cor laranja ao redor dos olhos e as pálpebras azuis. O bico amarelo-alaranjado de tecido ósseo esponjoso, que mede cerca de 20 cm, é duro e cortante, sendo usado como uma pinça para capturar alimento. Mede 56 cm de comprimento e pode pesar 540 g. 
  

  É um animal onívoro, alimenta-se de insetosovos, filhotes de outras aves e, principalmente, frutos. Seu hábito alimentar é diurno. Costuma descer ao solo para aproveitar-se dos frutos que estejam caídos. Vive em torno de 20 anos.

     A sua reprodução acontece no final da primavera. A fêmea põe entre dois e quatro ovos 
em ninhos situados no alto das árvores e os dois (macho e fêmea) se revezam para chocar os ovos, que eclodem por volta de dezesseis a vinte dias. Ao nascer, o seu corpo é desproporcional em comparação com o bico que já é grande. Recebe os cuidados dos pais até completar seis semanas, quando sai do
no ninho ate tornarem-se independentes.

À esquerda, filhotes de tucano-toco com apenas uma semana de vida. À direita, já com quatro semanas de idade.
   O tucano-toco ainda não é uma espécie ameaçada de extinção, entretanto tem sido capturado e traficado para outros países a fim de ser vendido em lojas de animais. Isto tem, como consequência, a diminuição de sua população nas florestas, pondo em risco a variabilidade genética, como também a morte de muitos animais durante o transporte.

OBS: Vocalização do Tucano-toco.



     Ao contrário das outras espécies, que vivem apenas em matas fechadas, o Tucano-toco é encontrado em regiões montanhosas, cerrado, Mata Atlântica, Floresta Amazônica e no Pantanal. Ele não tem a característica de migrar em busca de melhores condições climáticas ou alimento (não é uma ave migratória).